Saída para o Morro Sete Barulhos em Arroio do Meio

          Buenas amigos
          
          Seguindo nosso ritual mensal de saídas para observação de aves, neste mês muito atrapalhada pelas condições meteorológicas. Depois de quatro tentativas frustradas em função da chuva, conseguimos sair para observar. Desta vez fomos para o Morro Sete Barulhos, no interior do município de Arroio do Meio. Visitamos a propriedade do Xumby, que gentilmente nos permitiu uma visitinha. Estiveram presentes na saída o Morci, Ricardo, Alexandre, Gabriela, André e o Cleberton.
          Chegamos por volta das 7h da manhã. O dia estava amanhecendo gelado e com muito vento. Conversamos um pouco com o Xumby, sobre a propriedade, sobre as espécies de aves que ele conhecia e que frequentavam as redondezas. Também nos apresentou o simpático cão, chamado Tripé. Um adorável caozinho de três pernas adotado recentemente.

Figura 1: Amanhecer e nascer do sol. Fotografia de Cleberton Bianchini.
         Em seguida, iniciamos a subida do morro no final da propriedade. Neste local o Xumby está realizando uma recuperação da área com plantio de árvores frutíferas plantadas em curvas de nível. Segundo o mesmo, a área encontrava-se bastante erodida devido a estar sem cobertura da terra, facilitando a ação de processos erosivos.
        Entramos no mato e subimos o morro. Não havia muitas espécies na subida, visto que estávamos na face do morro que mais pegava vento. A vegetação no local é bonito e no topo apresentava árvores de porte elevado. Escutamos um bando de Habia rubica (tiê de bando), Chiroxiphia caudata (tangará), Myiothlypis leucoblephara (pula pula assobiador), Chamaeza campanisona (tovaca campainha), entre outros. Resolvemos retornar e tentar a sorte do outro lado do morro.
        Neste momento o sol já havia saído e esquentava um pouco, mas o vento ainda persistia. Seguimos para a estrada principal, saindo da propriedade do Xumby. Como diria o Glayson Bencke, "é na capoeira que a lista cresce". Neste momento começamos a avistar diversas espécies de área mais aberta. Seguimos a estradinha e fomos observando o que aparecia. Passaram três indivíduos voando rápido e conseguimos avistá-los de relance. Não conseguimos identificá-los, possivelmente eram indivíduos de Triclaria malachitacea (sabiá cica) pois estes foram vistos diversas vezes na manhã. Seguimos o baile e avistamos um Ramphastos dicolorus (tucano de bico verde) pegando um sol. Logo depois avistamos um casal de Tachybaptus dominicus (mergulhão pequeno) em um açude.
Figura 2: Ramphastos dicolorus (tucano de bico verde). Fotografia de Cleberton Bianchini.

Figura 3: Tachybaptus dominicus (mergulhão pequeno). Fotografia de Cleberton Bianchini.
       Seguimos pela estrada e chegamos a uma propriedade abandonada. Havia uma residência e galpões abandonados. No pátio da residência havia uma figueira frutificando. A bicharada estava enlouquecida ali. No chão, havia capoeira com muitos cipós e uma fêmea de Drymophila malura (choquinha carijó) fez um espetáculo de sons e malabarismos.
Figura 4: Saltator similis (trinca ferro). Fotografia de Morci Schmidt.
          Ficamos observando ali por perto e depois retornamos para a propriedade do Xumby.
A manhã foi boa, apesar dos contratempos ocasionados pelo vento. A lista completa pode ser conferida aqui.

Até a próxima amigos

       

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